“Como não gostar de ler, como não tirar proveito de uma boa leitura, como não fazer da leitura um alimento para a vida”
Percebo em todas as leituras que faço, em pequenos textos ou em livros complexos, que encontro sempre trechos que possuem algum significado em momentos da minha vida, pode ser pessoal ou profissional. Servem como ponto de partida ou explicam alguma situação, às vezes uma atitude ou até mesmo uma contrariedade, uma decepção. Mostram que você não está sozinho e também não é o único a passar por aquela situação.
Duas pessoas podem ler o mesmo livro, a mesma frase e terem conclusões diferentes, ideias diferentes, e até mesmo inspirações diferentes. E é isto que me encanta veja nesta frase de Mario Quintana:
“O leitor que mais admiro é aquele que não chegou até a presente linha. Neste momento já interrompeu a leitura e está continuando a viagem por conta própria”.
Vivo me perdendo nas leituras, imaginando minha história, dando continuidade a situações que podem ser verdadeiras ou não. Partindo de uma frase que acabo de ler, e viajando por um mundo que pode não existir, mas que eu quero criar. É um exercício divertido, pode nos tirar de um momento de melancolia, uma tristeza, nos fazer feliz, vibrar, chegar ao êxtase, sem nenhum segredo.
É este fascínio de transformar a mente e combater as preocupações com doses de filosofia em Nietzsche para estressados, de Allan Percy, e identificar o valor terapêutico da filosofia no dia a dia. Vale destacar mais uma poderosa frase de Nietzsche:
“Quem deseja aprender a voar deve primeiro aprender a caminhar, a correr, a escalar e a dançar. Não se aprende a voar voando”.
Podemos encontrar na leitura como ser um empreendedor do futuro ou de alta performance, como fazer amigos, como melhorar sua criatividade e falar em público, como se desfazer de maus hábitos e se tornar altamente eficaz, aprender a meditar, e até deixar de ser desorganizado. Basta saber usufruir tudo que tem de adequado e encantador em uma boa leitura. Lendo um artigo muito interessante, encontrei o seguinte frase de Leandro Karnal, conhecido professor de história no Brasil, e consegui me identificar:
“Ao oferecer ao jovem pérolas de cultura, Leandro Karnal acredita contribuir para fisgá-lo para o universo fascinante do conhecimento. “Tenho essa função quase missionária, de fazer com que as pessoas que leem pouco, de forma esparsa e não focada, descubram que o conhecimento transforma a vida, porque transformou a minha. E eu posso usar isso como argumento – conhecer transformou minha vida”
Este trecho é parte do texto O Intelectual das Massas de Marilia de Camargo Cesar, que pode ser lido na integra no seguinte link acima. Quero um dia ter o poder de influenciar as pessoas, fazer com que encontrem na leitura caminhos e respostas para suas dúvidas, e possam ser mais feliz.
Encontrei a seguinte publicação de uma amiga, que é para mim uma grande inspiradora, Cristiane Barata, que me encantou e resolvi reproduzi-lo:
“No final do livro Buscador da Verdade [Seeker after Truth], onde li está história, Idries Shah apresenta 12 contos de ensinamento da escola de desenvolvimento humano conhecida como tradição sufi. Nessa escola o estudo de histórias é utilizado como uns dos instrumentos de autoconhecimento, o que também é prática comum a outras tradições, como a história hindu, taoísta, judaica, entre outras. Aprendi com Idries Shah que uma boa maneira de ler uma história como a de Fahima é evitar a pergunta: “O que a história quer dizer? ”. Em vez disso, talvez fosse melhor perguntar:
“O que essa história diz para mim nesse momento particular em que me encontro com ela? O que ela me faz lembrar, sentir, descobrir, com relação à minha vida agora? O que chamou minha atenção, quais foram minhas primeiras impressões? ”.
Caminhando pelas paisagens deste conto, uma pessoa pode passear pela sua paisagem interior e contar para si mesma sua própria história, de um jeito diferente de como está acostumada”. Extraído da obra “A Bela Fahina”, conto árabe.
“Livros dão alma ao universo, asas para a mente, voo para a imaginação e vida a tudo” – Platão
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