Da Idéia ao Texto

O que faço durante os anos de gestação literária? (…) estou sempre concentrado na captura de ideias, imagens e palavras para minha história.” Umberto Eco em Confissões de um jovem romancista

Isto é a mais pura realidade! Que escrever não é um processo muito simples, isto todos já sabem, mas pode ser muito mais exaustivo do que se imagina. E mesmo assim não deixar de ser prazeroso.

Como acontece o meu processo de escrita

Você pode até ter muitas ideias, mas transformar isto em algo coeso e principalmente agradável de se ler, é no meu caso, um processo lento, cheio de etapas portanto, muito trabalhoso.

Sinto a necessidade de ler, não só livros, mas artigos, textos, biografias e tudo mais que fale sobre a escrita. Isto ajuda não só ter mais ideias, mas também dar mais segurança ao que se está escrevendo.

Depois de colocar as ideias no papel, sinto necessidade de deixar o texto descansar, isto é, deixar o texto quieto e as ideias se fixarem. Só depois leio e releio o texto várias vezes, eliminando trechos e substituindo palavras, tentando deixá-lo o mais coeso possível.

Faço tudo isto em dias alternados. É como se estivesse lendo um texto escrito por outra pessoa e corrigindo tudo que não gostei. Apesar de me deixar mais segura, acaba tornando o processo de escrita muito lento, impossibilitando uma divulgação diária, ou até mesmo semanal.

Chego a reformular o texto inteiro de um dia para o outro, para retirar toda a gordura excedente.

Outra etapa bastante demorada é a escolha do título. É muito difícil uma frase que expresse em poucas palavras o que eu quero dizer. Li recentemente que você deve criar mais ou menos cinco títulos diferentes antes de decidir qual é melhor, e em dias diferentes.

Só faço a correção ortográfica e gramatical depois que consigo colocar toda a ideia no papel. Isto, é para não atrapalhar o processo de criação e o surgimento de novas ideias, conforme li recentemente.

Depois de várias releituras, finalizo a escrita. Que ocorre quando não sinto necessidade de alterar mais nada, o que é bem difícil de acontecer.

Neste momento passo o texto para a leitura de outra pessoa. Não precisa ser alguém que entenda do assunto, mas alguém que consiga captar a mensagem que estou querendo passar. São meus leitores críticos e revisores favoritos, que na verdade são parentes e amigos próximos.

Nem sempre são pessoas que gostam de ler, mas faço questão que tenham o perfil do meu futuro leitor. Por este motivo tenho em mente quem será o meu público-alvo, caso contrário o texto fica sem direção, sem foco.

A idéia de escrever é antiga

Meu projeto de escrever um livro surgiu a algum tempo, e já passou por diversas fases de planejamento e escrita. Já mudei o meu foco, o meu público-alvo e até mesmo a direção da história. Agora estou conseguindo encontrar a minha voz, que é a forma mais adequada de falar com meu público.

São muitos anos de estudos e pesquisas, e muitas descobertas importantes. Estou tentando adequar o tema a melhor forma de transmitir a mensagem, com um conteúdo que pudesse ser útil e agradável.

Não sou uma escritora de final de semana, escrevo quase todos os dias, de preferência pela manhã, quando estou mais inspirada, mas nem sempre isto é possível.

As vezes as ideias surgem, e eu não consigo parar e escrever. Por este motivo tenho sempre um pequeno caderno de anotações e uma caneta que me acompanham o tempo todo.

Pode acontecer a qualquer momento, no trânsito, conversando com amigos, no supermercado fazendo compras, ou limpando a casa e fazendo arrumações.

As boas ideias surgem no banho, quando acordo, ou até meditando, mas na maioria das vezes quando estou lendo. Normalmente sozinha, num ambiente calmo e com pouco barulho.

Como me descobri escrevendo

O sonho começa, na maioria das vezes, com um professor que acredita em você, que puxa, empurra e leva você ao próximo patamar, às vezes cutucando você com uma vara afiada chamada verdade.”  Dan Rather”

Mas eu não tive a sorte de encontrar um professor que acreditasse em mim para me puxar e empurrar. Acredito que minha timidez impediu que alguém interessado, me descobrisse e pudesse confiar em mim.

Alguns amigos, aqueles verdadeiros, me incentivaram, mas eu tive que ir descobrindo tudo sozinha, fazendo várias tentativas, e errando muito. São estes contratempos que acabam tornando o processo muito demorado, mas em contrapartida, é onde aprendo mais.

Outra coisa bastante difícil é encontrar a sua voz, isto é, a forma mais adequada de falar com seu público, sem ser superficial, exagerado ou petulante. Mas tenho consciência que é quase impossível ser você mesmo e agradar a todos.

Em resumo, tenho sempre uma grande preocupação em melhorar cada vez mais minha escrita, publicar conteúdos que sejam interessantes e ainda procurar um modo mais adequado de divulgar os textos para conseguir alcançar mais leitores.

 “Quem escreve quer ser lido, citado e espera que suas informações sejam úteis para a coletividade.”  Mauricio Gomes Pereira

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