Evento Vivenza – Ciência com sentir, corpo com saber

Tive o privilégio de participar de um  evento bastante significativo, com um tema profundo:

“Quem sou eu agora?”

Foi uma experiência transformadora conduzida por três mulheres inspiradoras — uma neurocientista e psicanalista, uma professora de dança e uma médica nutróloga — que uniram saberes, vivências e sensibilidade para promover reflexões sobre corpo, mente e identidade. E quando mulheres se reúnem com propósito, algo poderoso acontece.

Milena Malzoni – Neurocientista e psicanalista

Milena iniciou o encontro destacando que a independência feminina, que muitas vezes, tem acontecido de forma violenta, quando poderia ser conquistada com mais doçura e postura pacífica, acreditando numa conjunção feminina.

Ela apresentou a fórmula MAP, criada pelo neurologista Dr. Pedro Schestatsky (@drpedroneuro), que integra Movimento, Alimento e Pensamento para promover equilíbrio e saúde integral. A ideia central é que esses três pilares, quando trabalhados em conjunto, podem impactar positivamente a vida das pessoas, tornando-a mais equilibrada.

Segundo ela, acolher a si mesma e buscar novos caminhos é fundamental para uma vida plena e saudável.

Bárbara – Professora de dança

Bárbara nos convidou a refletir sobre como, muitas vezes, relacionamos a atividade física à punição, e não ao prazer. A dança, segundo ela, pode ser uma ferramenta poderosa para reconectar-se com o próprio corpo e perceber-se de forma mais livre.

Tivemos, inclusive, um momento prático para soltar o corpo e resgatar o prazer do movimento, reforçando também a importância do contato social.

Doutora Karla – Médica nutróloga

Karla nos fez pensar como você tem se alimentado nos últimos dias:

“Você tem se alimentado ou apenas colocado comida para dentro?” 

“Você tem sentido o alimento?”

Ela reforçou que não existe fórmula mágica para uma boa alimentação: é preciso fazer um acompanhamento nutricional, encaixar escolhas saudáveis na rotina e priorizar a saúde. Comer é, antes de tudo, nutrir o corpo — é um ato de autoamor.

Primeiro comer é nutrir, depois vem o social. Não se pode deixar de ver tudo que envolve o momento fora da comida. Cheirar a comida prepara o cérebro antes de comer e ajuda na questão da saciedade.

Probióticos servem de alimento para bactérias boas do intestino, para que ele funcione bem e se prepare para receber outra coisa.

Você é aquilo que o seu corpo faz, com aquilo que você come.”

Você precisa se cuidar para cuidar do outro. A vida é cíclica, e é preciso chegar num equilíbrio, porque não damos conta de tudo. O segredo é saber priorizar.

Sabemos, por exemplo que, falta de amor na infância pode gerar compulsão ou um problema que não conseguimos entender e resolver também pode gerar compulsão. Existem pessoas que precisam de mais dopamina do que outros (estrutura física) e buscam externamente.

Falando sobre epigenética

É a ciencia que estuda como nossos hábitos e o ambiente podem influenciar a expressão dos nossos genes, sem alterar a sequência do DNA, transmitindo padrões e traumas por até três gerações.

Discutimos ainda dicas práticas, como iniciar a refeição com fibras e proteínas para evitar picos glicêmicos, sentir o aroma dos alimentos antes de comer para preparar o cérebro para a saciedade, e escolher pelo menos uma refeição do dia para se conectar verdadeiramente com o alimento.

Entre tantos aprendizados, ficaram perguntas que ecoam até agora:

  • Qual parte de mim eu deixei para trás?
  • O que sou capaz de fazer hoje?

Exercício de escrita simbólica

Encerramos respondendo a três questões simples, mas profundas:

  1. O que sei sobre mim hoje que antes não sabia?
  2. O que escolho deixar para trás?
  3. A partir de agora, o que levarei comigo?

Foi um encontro que uniu ciência, sensibilidade e movimento — e me fez perceber que a busca pelo equilíbrio começa no olhar cuidadoso que temos para nós mesmos.

Local do evento: Milena Malzoni Dance Center